domingo, 16 de fevereiro de 2014

“Acho que chegou a hora de sair”, diz presidente do STF Joaquim Barbosa

“Acho que chegou a hora de sair”, diz presidente do STF Joaquim Barbosa
A carreira de um dos maiores ícones da história do Poder Judiciário no país, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, pode estar chegando ao fim, pelo menos no âmbito jurídico. Numa matéria da revista Veja deste final de semana, Barbosa afirma que pode estar deixando a Corte. “Acho que chegou a hora de sair”, afirmou. O ministro, apesar de negar as intenções, pode estar seguindo o caminho da política. Ele foi convidado por dois partidos políticos.

E, mesmo declarando que não é sua intenção no momento, não descartou totalmente a possibilidade de sair candidato. “Isso é uma grande bobagem. Não sou candidato a nada”, diz ele. “Não sou político”. No entanto, ele admite que pode vir a ser. “Tenho 59 anos de idade. Pode ser que daqui a três ou quatro anos, eu mude de ideia”, afirma, abrindo a possibilidade de uma candidatura em 2018. No final do ano passado, num evento sobre jornalismo investigativo, na cidade do Rio de Janeiro, Barbosa declarou, pela primeira vez, que poderia ser candidato à Presidência da República e que não iria esperar a aposentadoria compulsória no STF.

As declarações à revista Veja foram dadas através de interlocutores. Caso seja verdadeira sua intenção, Barbosa poderá criar um fato novo nas eleições deste ano. Apesar de receber algumas críticas, inclusive de próprios ministros do STF, entre eles, Ricardo Lewandowski, que teve sua decisão de autorizar o trabalho do ex-ministro José Dirceu, preso condenado no processo do mensalão, anulada, Barbosa goza de boa avaliação em pesquisas.

De acordo com um levantamento recente do Datafolha, ele teria cerca de 15% das intenções de voto num cenário como possível candidato à Presidência da República. Ele poderia provocar um segundo turno. Ou, num outro cenário, caso decida apoiar algum candidato, estaria contribuindo  de forma decisiva para o palanque. O ministro ganhou a atenção e os holofotes depois do julgamento do mensalão no ano de 2012, do qual foi relator.

Diário de Pernambuco

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